A tarde dessa última sexta, 29, foi movimentada para os trouxas e
para o Departamento de Acidentes e Catástrofes Mágicas do Ministério. Os
peixes que começaram a apresentar um comportamento estranho se
aproximando muito da superfície acabaram ultrapassando a água e
flutuando acima dela.
O espetáculo da chuva inversa dos peixes
durou horas, preenchendo o horizonte, enquanto pulavam para fora da água
e nadavam no ar antes de conseguirem voltar. Os aurores Keane Dale e
Grendel Fritz bloquearem a passagem e, com ajuda dos policiais,
afastaram os curiosos. Apesar de uma cena bonita e lógica para bruxos
verem, muitos trouxas viram, compartilharam e procuraram explicações.
Segundo Damian Guillot, chefe do Departamento de Acidentes e
Catástrofes Mágicas, os peixes eram animais não-mágicos, mas sob efeito
de uma substância na água que agiu na anatomia dos peixes com uma
fórmula semelhante às delícias gasosas. O departamento agiu modificando a
memória do maior número de trouxas possível para que testemunhassem um
evento holográfico.
Até o momento dessa publicação, nenhum peixe
mais voltou a flutuar desde a madrugada e houve apenas um relato já
controlado de um trouxa que bebeu a água contaminada. Os trouxas
acreditam ter ocorrido uma combinação de um evento com hologramas
combinado com um acidente com alucinógenos dentro de uma das lanchas.
As investigações prosseguem com os aurores pelos responsáveis.
Londres, 2047
Por W. Lee
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