terça-feira, 5 de junho de 2018

ANIVERSÁRIO DE DRACO MALFOY

Draco Malfoy celebrou hoje seu aniversário de 80 anos.


O dia amanheceu em festa para os moradores dos arredores da grande Mansão Malfoy. Hoje é comemorado mais um ano de vida do membro mais velho da família, Draco Malfoy.

Houve uma grande celebração na elegante residência onde apenas os altos membros da sociedade bruxa britânica tiveram a honra de receber um convite para se reunir ao aniversariante e sua família. A festa foi regada de classe com boas bebidas e um ótimo serviço ao som de bandas bruxas.

Draco Malfoy ainda é um dos bruxos mais prestigiados e com uma intensa história de vida, caso não conheça a redação d’O Profeta Diário lhe convida para ler a biografia pública do líder da família Malfoy.


Aniversário: 5 de junho 
Varinha: Espinheiro e pelo de unicórnio, 25 centímetros, flexível 
Casa em Hogwarts: Slytherin
Paternidade: Mãe bruxa, pai bruxo

Draco Malfoy cresceu como filho único na Mansão Malfoy, o magnífico casarão em Wiltshire que havia pertencido à sua família por vários séculos. Desde suas primeiras palavras, foi-lhe ensinado que ele era triplamente especial: em primeiro lugar, como bruxo; em segundo, como puro-sangue; e, por fim, como membro da família Malfoy. Draco foi criado em uma atmosfera de remorso pelo fracasso do Lorde das Trevas em dominar a comunidade bruxa; no entanto, ele era prudentemente lembrado de não comentar tais sentimentos fora do seleto círculo de família e amigos, “ou o papai pode se encrencar”. Na infância, Draco se associava principalmente com os filhos puro-sangue dos colegas ex-Comensais de seu pai. Por isso, ele chegou a Hogwarts já com um pequeno grupo de amigos, que incluía Theodore Nott, Blaise Zabini, Pansy Parkinson, Gregory Goyle e Vincent Crabbe. 

Como qualquer criança da idade de Harry Potter, Draco ouvira histórias sobre O Garoto Que Sobreviveu enquanto crescia. Ao longo dos anos, muitas teorias tinham entrado e saído de circulação sobre como Harry sobrevivera ao que deveria ter sido um ataque letal, e uma das mais persistentes era a de que o próprio Harry era um grande bruxo das trevas. O fato de que ele havia sido removido da comunidade bruxa parecia (aos mais sonhadores) complementar este ponto de vista, e o pai de Draco, o ardiloso Lucius Malfoy, era um dos que apoiava fervorosamente a teoria. Era reconfortante pensar que ele, Lucius, poderia ter uma segunda chance de dominar o mundo, caso este garoto Potter se provasse um novo – e melhor – campeão para os puros-sangues. Foi por isso que, sabendo que não estava fazendo nada que seu pai desaprovaria (e com esperança de trazer alguma novidade interessante para casa), Draco Malfoy ofereceu a Harry Potter um aperto de mão quando percebeu quem ele era no Expresso Hogwarts. A recusa de Harry à proposta de Draco e o fato de que ele já havia formado uma aliança com Rony Weasley, cuja família era considerada uma aberração pelos Malfoy, virou Draco contra Harry de imediato. Malfoy percebeu, corretamente, que as loucas especulações dos ex-Comensais, de que Harry Potter era o novo e melhorado Voldemort, eram completamente infundadas, e sua mútua animosidade se concretizou naquele momento.

Muito do comportamento de Draco na escola era moldado a partir da pessoa mais impressionante que ele conhecia – seu pai – e ele religiosamente copiava o tratamento frio e desdenhoso de Lucius com todos aqueles fora de seu círculo fechado. Tendo recrutado um segundo seguidor no trem para a escola (Crabbe já ocupava a posição antes de entrarem em Hogwarts), Malfoy, que fisicamente não impunha medo, usou Crabbe e Goyle como uma combinação de escudeiros e guarda-costas ao longo de seus seis anos letivos. 

Os sentimentos de Draco em relação a Harry sempre foram baseados, em sua maioria, na inveja. Mesmo jamais tendo buscado a fama, Harry era sem dúvidas a pessoa mais comentada e admirada da escola, e isso naturalmente mexia com um garoto que havia crescido acreditando que ocupava uma posição de quase realeza na comunidade bruxa. Pior ainda, Harry era mais talentoso voando com uma vassoura, habilidade na qual Malfoy tinha certeza de que ia superar os outros calouros. O fato de que o Mestre de Poções, Snape, apadrinhara Malfoy e detestava Harry era apenas um prêmio de consolação. 

Draco utilizou-se de diversas táticas sujas em sua eterna tentativa de irritar Harry, ou desacreditá-lo diante dos outros, incluindo (mas não se limitando a) contar mentiras sobre ele para a mídia, produzir broches ofensivos para usar contra ele, tentar amaldiçoá-lo por trás e fantasiar-se de um dos dementadores (aos quais Harry havia se mostrado particularmente vulnerável). Entretanto, Malfoy teve seus próprios momentos de humilhação nas mãos de Harry, obviamente no campo de Quadribol, e a inesquecível vergonha de ser transfigurado em uma doninha saltitante por um professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. 

Enquanto muitos pensavam que Harry Potter, que assistira ao renascimento do Lorde das Trevas, era um mentiroso, Draco Malfoy era um dos poucos que sabia que Harry dizia a verdade. Seu próprio pai sentira sua Marca Negra queimar e voara ao reencontro do Lorde das Trevas, testemunhando o duelo no cemitério entre Harry e Voldemort. 

As discussões acerca destes eventos na Mansão Malfoy provocaram sensações conflitantes em Draco Malfoy. Por um lado, ele vibrava com o segredo do retorno de Voldemort e daquela que seu pai sempre descreveu como “a era dourada da família”. Por outro, os sussurros sobre como Harry tinha, uma vez mais, escapado das tentativas do Lorde das Trevas de matá-lo causavam novas pontadas de raiva e inveja. Mesmo que os Comensais da Morte detestassem Harry como obstáculo e símbolo, ele era considerado seriamente como adversário, enquanto Draco ainda era visto como um garoto colegial pelos Comensais que se encontravam na casa de seus pais. Ainda que estivessem em lados opostos da batalha iminente, Draco invejava o status de Harry. Ele se animava ao pensar no triunfo de Voldemort, vendo sua família sendo honrada em um novo regime, e ele próprio celebrado em Hogwarts como o importante filho do braço-direito de Voldemort. 

A vida escolar de Draco levou uma guinada brusca em seu quinto ano. Apesar de estar proibido de discutir em Hogwarts o que ouvira em casa, Draco sentia prazer em pequenos triunfos: ele era Monitor (e Harry não) e Dolores Umbridge, a nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas, parecia odiar Harry tanto quanto ele. Ele tornou-se membro da Brigada Inquisitorial de Umbridge e fez de seu principal objetivo descobrir o que Harry e um grupo de alunos suspeitos estavam tramando, enquanto eles formavam e treinavam, em segredo, uma organização secreta, a Armada de Dumbledore. Porém, no exato momento de sua vitória, quando Draco havia encurralado Harry e seus colegas e tudo indicava que seria expulso por Umbridge, Harry escapou mais uma vez. Pior ainda, Harry conseguiu frustrar a tentativa de Lucius Malfoy de matá-lo, e o pai de Draco foi capturado e mandado para Azkaban.

O mundo de Draco havia entrado em colapso. De um lugar em que acreditava ser o ápice da autoridade e prestígio, seu pai foi tirado da casa de sua família e aprisionado, longe, na aterrorizante prisão bruxa guardada por dementadores. Lucius fora o exemplo e herói de Draco desde seu nascimento. Agora, ele e sua mãe eram párias entre os Comensais da Morte; Lucius era um fracasso e estava desacreditado nos olhares do furioso Lorde Voldemort. 

A existência de Draco havia sido super protegida até este momento; ele tinha sido um garoto privilegiado com pouco a incomodá-lo, tinha certeza de seu status do mundo e sua cabeça era cheia de preocupações fúteis. Agora, com seu pai ausente e sua mãe indefesa e assustada, ele precisava assumir as responsabilidades de um homem. 

O pior estava por vir. Voldemort, buscando punir Lucius Malfoy ainda mais pela falha na captura de Harry, exigiu que Draco completasse uma tarefa tão difícil que ele quase certamente fracassaria – e pagaria com sua vida. Draco deveria assassinar Alvo Dumbledore; como, Voldemort não se preocupou em dizer. Draco seria deixado à sua própria iniciativa e Narcisa adivinhou – corretamente – que seu filho havia entrado na armadilha de um bruxo desprovido de misericórdia e que não aceitava fracassos. 

Furioso com o mundo, que de súbito parecia ter se virado contra seu pai, Draco aceitou sua integração total aos Comensais da Morte e aceitou efetuar o assassinato que Voldermort ordenara. Neste estágio inicial, sedento por vingança e buscando melhorar a imagem de seu pai para Voldemort, Draco mal compreendia a tarefa que lhe havia sido designada. Tudo o que sabia era que Dumbledore representava tudo que seu pai aprisionado odiava; Draco conseguiu muito facilmente se convencer que ele também achava que o mundo seria um lugar melhor sem o Diretor de Hogwarts, que parecia sempre acolher e reanimar qualquer oposição a Voldemort. 

Servindo como um Comensal da Morte de verdade, Draco partiu para Hogwarts com um sentimento latejante de propósito. Gradualmente, entretanto, enquanto descobria que sua tarefa era muito mais difícil do que previra, e depois que ele quase matara duas outras pessoas no lugar de Dumbledore, a garra de Draco começou a fraquejar. Com a ameaça a ele e sua família nos ombros, ele começou a sucumbir à pressão. As ideias que Draco tinha de si mesmo e de seu lugar no mundo se desintegravam. Por toda a sua vida, ele endeusara um pai que militava pela violência e não tinha medo de usá-la, e agora que seu filho descobrira em si próprio um desgosto pelo assassinato, ele acreditava que era um fracasso vergonhoso. De tal forma que ele não conseguia se libertar de seus pensamentos: ele recusou diversas vezes a ajuda de Severus Snape, apenas por temer que Snape tentasse roubar-lhe a “glória”. 

Voldemort e Snape subestimaram Draco. Ele se provou um adepto da Oclumência (a arte mágica de repelir tentativas de leitura da mente), que foi essencial para o trabalho obscuro que havia assumido. Depois de duas investidas desastrosas contra a vida de Dumbledore, Draco teve sucesso em seu plano engenhoso de trazer um grupo inteiro de Comensais da Morte para Hogwarts, o que resultou, de fato, na morte de Dumbledore – mesmo que não pelas mãos de Draco.

Mesmo quando se viu cara-a-cara com um Dumbledore fraco e desarmado, Draco não pôde executar o golpe de misericórdia porque, apesar de tudo, ele se sentiu tocado pela bondade e compaixão de Dumbledore para com seu assassino em potencial. Snape eventualmente deu cobertura à Draco, mentindo para Voldemort sobre Draco ter abaixado sua varinha antes de sua chegada à Torre de Astronomia; Snape enfatizou a habilidade de Draco ao introduzir os Comensais na escola e encurralar Dumbledore para que ele, Snape, o matasse. 

Quando Lucius foi solto de Azkaban pouco tempo depois, a família foi permitida de voltar à Mansão Malfoy com vida. Contudo, eles estavam agora completamente desacreditados. Dos sonhos de pertencer ao mais alto status no novo regime de Voldemort, os Malfoys se encontravam na última casta de Comensais da Morte; elos fracos e fracassados, a quem Voldemort se dirigia com desprezo e ridicularização. 

A personalidade mudada, porém confusa, de Draco se revelou em suas ações no restante da guerra entre Voldemort e aqueles que o tentavam deter. Ainda que Draco não tivesse se livrado da esperança de levar a família de volta à sua posição privilegiada, sua inconveniente consciência o levou a tentar – a contra-gosto, talvez, mas discutivelmente da melhor forma que pôde dadas as circunstâncias – salvar Harry de Voldemort quando o garoto foi capturado e levado à Mansão Malfoy. Durante a última batalha de Hogwarts, no entanto, Malfoy fez mais uma tentativa de capturar Harry e, com isso, salvar o prestígio de seus pais (e possivelmente suas vidas). Se ele conseguiria de fato entregar Harry, isto é outra discussão; eu suspeito que, assim como sua tentativa de assassinar Dumbledore, ele teria achado a realidade de tirar a vida de outra pessoa muito mais difícil na prática do que na teoria. 

Draco sobreviveu à invasão de Voldemort à Hogwarts porque Harry e Rony salvaram sua vida. Depois da batalha, seu pai resistiu à prisão ao apresentar provas contra colegas Comensais da Morte, ajudando na captura de muitos dos seguidores de Voldemort que haviam fugido. 

Os eventos do fim da adolescência de Draco mudaram sua vida para sempre. Ele teve as crenças com as quais cresceu desafiadas da forma mais aterrorizante possível: ele experimentou horror e desespero, viu seus pais sofrerem por suas alianças, e testemunhou o declínio de tudo em que sua família acreditava. As pessoas que Draco foi criado para (ou aprendeu a) odiar, como Dumbledore, ofereceram-lhe auxílio e bondade, e Harry Potter lhe deu sua vida. Depois dos eventos da segunda guerra bruxa, Lucius encontrou seu filho carinhoso como sempre, mas com a recusa de seguir a mesma velha linha puro-sangue.

[OFF - Texto traduzido do Pottermore]

A Equipe d'O Profeta Diário deseja felicidades a Draco Malfoy. Assine o jornal e não perca as notícias diárias.

London, 2060

 Por Margaery T.


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