Biografia do infame Gellert Grindelwald será lançada hoje na Floreios e Borrões com autoria de um professor de Hogwarts
"Você quer conhecer o meu passado? OK. Alegremente. É uma questão de registro público que, aos dezessete anos, meu pai me ignorou , deixando-me sozinho. Eu acho que você poderia dizer que sempre estive sozinho. Quero dizer, a verdade é que eu sempre me senti estúpido por não poder me relacionar com ninguém. Bem... Qualquer pessoa que viva isso é. A única pessoa com quem senti um parentesco morreu trezentos anos antes do nascimento de Cristo. Alexandre da Macedônia. Sua visão de um mundo unido, bem... Foi sem precedentes. Eu queria... Precisava combinar as suas realizações, e então resolvi aplicar os ensinamentos da antiguidade ao nosso mundo de hoje, e assim começou meu caminho. A evolução, amadurecimento e sobre tudo: o utilitarismo. Um mundo unido sem preconceitos de sangue, uma bussola apontada para uma fronteira de maravilhas. Podemos salvar este mundo, sim, torná-lo melhor, mas só se seguirmos o caminho certo.
Falsos moralistas, seduções e imaturidade podem cegar os jovens. Mesmo eu já fui cego. Se o próprio Alvo Dumbledore fora encantado com as palavras de Grindelwald, o que impediria um garotinho, que crescera sem amigos em um castelo gelado sendo bombardeado por idéias elitistas de fazer o mesmo?
Depois de minha formação acadêmica, resolvi que devia seguir os passos de Alexandre, o que me levou a uma longa peregrinação pelo Oriente médio, onde consumi uma bola de hachíse, que me levou a desenvolver visões do passado. Foi então que revi minha infância e meus conceitos tolos de certo ou errado. Também me lembrei da experiência que tive com Grindelwald e como esta mudou meu modo de enxergar o mundo. Foi então que decidi começar minha pesquisa de campo (que na realidade foi bem curta, pois praticamente já conhecia tudo sobre o bruxo.). O processo de edição e revisão foi o mais agridoce e quase me fez desistir da publicação, porem entendo que esse tipo de coisa leva tempo e cautela. No fim foi bobagem de um menino mimado que esta acostumada a ter tudo que quer no mesmo tempo.
Se me pergunta-se em qual categoria eu classificaria Para um bem maior: Nos rastros de Grindelwald, eu ficaria confuso. Não é apenas uma biografia ou um livro didático, mas um livro de auto-ajuda para mim e espero que para muito outros jovens bruxos. Eu poderia ser um herdeiro e esta agora em Emdiburgo ou qualquer outro lugar, aproveitando a herança atemporal de meu sangue, mas escolhi esta em Hogwarts, escolhi desapegar-me das idéias elitistas que me foram impostas, e no fim escolhi para um bem maior (desculpe o trocadilho) ser útil, e esta ensinando os jovens sobre o passado, para que possam construir um futuro de maravilhas.
Apesar de acreditar que não existe uma idéia suprema de bem maior, acredito no utilitarismo, e que cada um deva fazer sua parte na construção de um mundo melhor. Pra mim é fácil falar de deixar as emoções em prol da razão, mas para maioria não é. Somos humanos e falhos, seguimos instintos e desejos, mas acredito que cada um pode ser útil fazendo o que sabe de melhor, e é isso que eu fiz; escrever.
Gostaria de deixar explícito que toda compensação monetária advinda do livro, será doada para instituições de caridade e preservação mágica. Para que jovens bruxinhas e bruxinhos tenham acesso a historia e saibam interpretá-la. Alem de crescerem seres pensadores e dispostos a usar o que tem de melhor para mudar o mundo.
Enfim é com um livro que quero ensinar-lhes que as pessoas mudam como eu mudei. Não deixe o mundo moldá-lo, mas sim o molde. Essa é a mensagem que quero passar com Para um bem maior: Nos rastros de Grindelwald."
O lançamento será dia 01/11 às 19h na Floreios e Borrões, no Beco Diagonal. O autor estará presente para autografar as edições compradas e responder eventuais perguntas.
London, 2057
Por W. Lee
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