O Profeta diário procurou por muito tempo o proprietário da loja de varinhas Olivaras, famosa loja de varinhas que se encontra fechada há mais de dois anos. Porém nenhuma resposta veio de Ollivander 3º, neto do mais famoso dono da loja, responsável pela fabricação das varinhas de Harry Potter e Lord Voldemort há 50 anos. Desta vez, entretanto, foi o próprio Ollivander que procurou o Profeta Diário para finalmente se declarar sobre o que está acontecendo com seu comércio e qual será o futuro dela. A loja de varinhas é uma das mais famosas do mundo mágico e enquanto mantém-se fechada, está afetando a procura de varinhas de toda a Comunidade Bruxa britânica.
Watford, Hertfordshire London – 19 de setembro
Profeta Diário – Nós o agradecemos por nos contatar. Não apenas nós o agradecemos, mas como toda a comunidade bruxa cliente sua.
Ollivander – Reconheço a gentileza após tantas insistências para que eu discuta sobre meus assuntos pessoais e espero ser o mais direto possível.
PD – É o que nós todos queremos. Antes de qualquer coisa, o que está havendo com a loja Olivaras?
O – A loja de minha família sempre seguiu o mesmo princípio: não importa o que aconteça, sempre estaremos abertos para atender e servir ao público. Cada filho de cada proprietário, desde a fundação da loja, foi criado para agir desta forma quando assumisse os negócios do pai. Eu não sou diferente. A loja é nosso legado, na verdade é o centro de nossas vidas. Mas às vezes nossa própria vida sai dos trilhos e tudo que ela leva se desgoverna. E infelizmente a loja está sofrendo como eu estava sofrendo.
PD – Conte-nos mais.
O – Há dois anos recebi duas notícias terríveis. Um que minha esposa Meredith tinha enfeitiçada pela Maldição Impérius pela família Mors e usada como instrumento de minha própria ruína. Achei estranhas suas atitudes e a mantei encarcerada. Após descobrir a verdade por meio de Veritaserum, descobri que ela foi usada para me infectar com sífilis.
PD – Sífilis é uma doença sexualmente transmissível.
O – Precisamente. Contrariando minha família, continuei trabalhando. Depois de um período, os curandeiros me informaram que minha situação era gravíssima e eu precisava me tratar o quanto antes, ou casa, ou em St. Mungus ou na Alemanha. Declinei instantaneamente.
PD – Declinou por quê? Era sua vida que corria perigo.
O – Sim, mas havia o negócio. Como falei, meu trabalho não podia parar. E não havia mais ninguém para assumi-lo.
PD – E como resolveu isso?
O – Conversei com minha família e finalmente decidi em fechar a loja. Como não queria ter contato com meu filho em hipótese alguma, sendo a doença intransmissível ou não, resolvi ir para St. Mungus.
PD – E que tipo de tratamento teve?
O – Com arsênio. Era meu aliado. Porém meu corpo não reagiu bem no início. Minha pele escureceu, meu cabelo caiu aos tufos, meu rosto ficou levemente dilacerado.
PD – E é com essa feição que voltará ao trabalho? Alguns clientes podem não aceita-la.
O – Não, na verdade não. Esperarei mais um tempo até reabrir meu negócio.
PD – Então a Olivaras ainda não será reaberta.
O – Não.
PD – A maioria de sua clientela não sabia disso tudo.
O – Era exatamente o que eu queria e esperava.
PD – Sim, mas muitos especularam sobre seu sumiço, até sua morte.
O – Minha tarefa não é fomentar opiniões alheias.
PD – Mas e os alunos que iniciaram as aulas sem uma varinha de sua qualidade?
O – Minha única tarefa é garantir-lhes a partir de AGORA as varinhas que eles precisam.
PD – Para os futuros alunos, correto? Pois os outros já estão estudando.
O – Melhor assim. Podem já aprender algo antes de usarem uma varinha Olivaras.
PD – Soa algo orgulhoso isso.
O – Para mim, é.
PD – E sua mulher? Como resolveu sobre ela?
O – Eu a perdoei, claramente. Ela foi usada, não foi contra sua vontade.
Os novos alunos podem esperar pela reabertura da loja em (não tão) breve. De acordo com Olivaras, a previsão é para meados do próximo ano.
Por Daniel Cleaver
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